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terça-feira, 6 de junho de 2023

Palestra- O Transtorno do Espectro Autista e suas Repercussões no Direito de Família”

No Grupo de Estudos de Direito de Família e Sucessões de hoje, dia 06/06, a convidada foi a psicóloga e psicanalista Renata Viola Vives, que palestrou sobre o tema “O Transtorno do Espectro Autista e suas Repercussões no Direito de Família”. A anfitriã foi a presidente do IARGS, Sulamita Santos Cabral. Na oportunidade, a psicanalista abordou o tema do autismo e as dificuldades enfrentadas pelas famílias.

Ela informou que houve um aumento significativo do número de casos de diagnósticos, nos últimos anos, “o que fragiliza as famílias, principalmente às mães, que acabam ficando responsáveis por todo o acompanhando das crianças, por vezes levando a divórcios e a outras situações ambientais mais delicadas”. Por isto mesmo, acentuou que muitas questões encontradas em sessões de psicologia têm ligação com o Direito: "o diagnóstico entra por uma porta, e os conflitos por outra”.

Renata advertiu, também, que a pandemia da Covid-19 não foi a causadora do aumento número de diagnósticos. Apontou que o fato de as crianças terem ficado mais reclusas em casa, sem interagirem, pode ter sido o “detonador” do Transtorno do Espectro Autista (TEA). De acordo com a especialista, normalmente a criança autista não inicia uma relação social e, se inicia, não sustenta.

Ela explicou que, neste caso, são crianças que não brincam, não jogam, não se comunicam, que não estabelecem relação com os outros, que não respondem a normas, que não aprendem e seu aparelho psíquico não está constituído, pois o ego, as defesas, os ideais se constituem na relação vincular.

A psicóloga chamou a atenção para que os pais que notam algum comportamento diferente no filho que procurem logo por diagnóstico para detecção precoce do risco e o consequente encaminhamento dos tratamentos.

Nas primeiras fases do desenvolvimento, explanou, a criança afetada pelo autismo mostra uma organização sintomática ''fraca'', a nível de habilidade intersubjetiva. "Isso pode confundir os médicos, que tendem a prever que esses comportamentos esporádicos poderão aumentar à medida que a criança cresce", concluiu.

Terezinha Tarcitano

Assessora de Imprensa














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