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terça-feira, 3 de maio de 2016

Palestra - A Lei do Pai

O psicanalista Luiz-Olyntho Telles da Silva palestrou no Grupo de Estudos de Direito de Família do IARGSA, hoje, dia 3 de maio, sobre o tema “A Lei do Pai”, com a presença da presidente do instituto, Sulamita Santos Cabral.

Citando vários exemplos práticos, o especialista informou que a passagem da natureza à cultura passa por mitos. Entre eles, referiu que os mitos gregos Narciso e Édipo ajudam a compreender, na atualidade, as agruras das relações paternais. “Instalada a posição paterna, a vida, contudo, não fica mais fácil. Parente dos deuses, o pai enuncia: como eu, serás; como eu, não serás”. Segundo sua interpretação, como eu, terás uma mulher; como eu, não a terás, referindo-se à mãe do filho que jamais poderá ser sua esposa.

Ainda na mitologia grega, disse que os nomes dos personagens, retirados de diferentes autores, indicam uma narrativa pós-moderna. Na obra “Olhos”, por exemplo, observou que Ofélia e Orestes são mãe e filho, com clara referência à tirania edípica. 

Advertiu, todavia, que existem interpretações equivocadas a respeito : ”Orestes, o grego, não matou o pai, mas sim Egisto, o amante de sua mãe. Aqui, o filho de Ofélia, a suicida de Shakespeare, na tragédia do príncipe Hamlet, atenta contra a própria vida”, explicou.

No entendimento de Luiz-Olyntho, A Lei do Pai, sem uma interpretação adequada, torna-se ambígua e, sua compreensão exige trabalho. "O trabalho desenvolve a cultura criando novas ambiguidades. O não do pai vale por seu nome e, nesse nome, perfilha-se a descendência", concluiu.

Terezinha Tarcitano
Assessora de Imprensa












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